sexta-feira, maio 17, 2013

Mini-análise já mais a frio

 
Ora lá vamos, à análise. Será curta. A doutrina divide-se, mas pouco: o Benfica jogou melhor, dominou a segunda parte, mas hesitou no momento do remate. O Chelsea mostrou-se mais matreiro e ganhou.
 
Em parte concordo. O Benfica hesitou em alguns momentos de início. o que me deixou aos urros. Ou por cerimónia ou porque estava lá sempre um defesa, a bola nunca tomava a direcção certa. Nesse período, Enzo Perez brilhou a grande altura: cortava, defendia, distribuía jogo, atacava, cruzava...um médio total. Quem diria, no início da época, quando víamos como extremo mediano, ou mais ainda, no ano passado, em que esteve quase a ser definitivamente recambiado. Nesse aspecto, o Benfica soube reconstituir o meio campo depois da saída de Javi e Witsel de forma notável, e sem mais custos.
 
O resto, já sabemos: golo de Fenando Torres num lançamento longo (ele já tinha marcado um assim na final do Euro 2008), penalty de Cardozo, que não falhou frente a um Cech especialista em defendê-los, remates perigosos de parte a parte, e no fim, aquele golo surgido num canto. Sim, houve falhas, segundo os comentadores, mas caramba, nos últimos minutos de uma final, como esperam sangue-frio a toda a prova? Num canto? A prová-lo, o mesmo Ivanovic que marcou o golo teve depois um falhanço em que Cardozo quase marcava, mesmo a acabar.
 
Pronto, perdemos mais uma final. jogámos optimamente, dominámos, etc, mas não ficámos com a Taça, apesar de posições nesse sentido dos "nossos" Ramires e David Luiz. De novo. Já são sete finais perdidas. Há bastante má sorte pelo meio, pelo que, supersticioso na bola como sou, me pergunto se a maldição do húngaro Bélla Guttmann seria real. Se não é, voltaremos a ganhá-las, mas para isso é preciso que regressemos às finais.
 
Indiscutivelmente, esta semana, porventura a mais decepcionante de sempre, deixou marcas no Benfica. Esteve muito perto da glória, mas ela escapou-se. Temos boa equipa, sem dúvida, com aquela pequena pecha do lateral esquerdo, mas mesmo assim não conseguiu ser A equipa. ainda assim, como vou passar por lisboa, farei os possíveis para ir ver o último jogo da época. Não que esteja crente num milagre, mas quero aplaudir os jogadores. Eles merecem. Até porque ainda há a Taça de Portugal (a que infelizmente não deverei poder ir). e depois, quem sabe, talvez este ano seja para o Benfica o que 1984 era para o Porto: o trampolim para uma grande (re)caminhada. Esperemos. Até lá, vejam o apoio incrível dos adeptos benfiquistas em Amsterdão.

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