terça-feira, março 23, 2010

O primeiro troféu da era Jorge Jesus


A Taça da Liga conquistada ontem pelo Benfica pode não ter grande importância por si mesma, mas representa a primeira conquista oficial do Benfica de Jorge Jesus e a confirmação de que esta equipa respira confiança, joga quase de olhos fechados e pode até alterar algumas peças que nada de substancial muda. Sem fazer um jogo de encher o olho, os jogadores vulgarizaram o adversário, trocaram a bola nas calmas, sem nunca se enervarem nem responderem às provocações alheias, e ainda se divertiram com um monumental peru do infeliz guardião do outro lado. Uma conquista justa, pela vitória final e pelo próprio percurso, que como se sabe, incluiu uma goleada em Alvalade, por gordos 1-4 (a que eu tive oportunidade de assistir in loco, ainda que no meio de um desesperado mar verde).


Ficou ainda plasmado o imenso contraste entre os vencedores e a equipa adversária, que ainda há pouco fazia discursos identitários inflamados mas que na hora da verdade se revelou um conjunto de caceteiros comandados por um delinquente, mais parecido com o zombie de Michael Jackson no Thriller, sempre com a permissividade de um árbitro já suspeito, ao passo que os simiescos adeptos (?) se entretinham a atrasar o jogo lançando cadeiras para o relvado.


Uma diferença que há pouco tempo não se imaginaria, mas que neste momento tem um significado muito grande. Tal e qual a Taça da Liga. Mas ainda falta muito para a época acabar.

2 comentários:

Dylan disse...

No passado dia 18 de Março, o Mistral - um vento seco e cortante - fustigou a Provença, nomeadamente a cidade de Marselha. Chegou tarde, vindo de noroeste, mas paradoxalmente aqueceu o coração de muitos emigrantes e benfiquistas presentes no Vélodrome. Enquanto isso, em Portugal, assistia-se a uma espécie de intifada para as bandas de Alvalade: um bando de energúmenos atiçados por dirigentes desportivos ávidos de protagonismo. Como não bastasse, no último Domingo, o Algarve foi castigado por um vento do Levante fora de época. Soprou quente, arrancou pedras, vidros, provocou feridos e fez disparar as vendas de medicamentos contra a azia. Queria pensar que houve uma equipa superior a isso tudo, mas infelizmente, há sempre alguém disposto a estragar o futebol em nome do ódio.

http://dylans.blogs.sapo.pt/

João Pedro disse...

Boa matáfora climatérica, não haja dúvida!