terça-feira, junho 12, 2007

Bilhetinho a Gisele Bundchen


Gisele, umas das mulheres mais idolatradas do Brasil, referiu que as leis da Igreja estão ultrapassadas e que foram feitas numa altura em que era esperado que as mulheres fossem virgens.
«Hoje em dia ninguém é virgem quando casa. Mostre-me uma pessoa que o seja!», disse a modelo ao jornal.
Inquirida acerca do aborto, a modelo defendeu que a mulher tem o direito de escolher o que é melhor para ela e incentivou o uso do preservativo


Até quatro meses de gravidez, não existe quase nada. É como um grãozinho.
Quando a igreja fez suas leis, milhões de anos atrás, a mulher era virgem, o cara era virgem... Hoje em dia, ninguém mais casa virgem

Olha, Gisele, não é por nada, mas acho que não conheces todas as mulheres do mundo, nem do Brasil, e provavelmente nem do teu bairro. E acredita que há pessoas com ideias e práticas diferentes das tuas, por vontade própria. O mundo não se resume às passerelles, a Copacabana, a Miami e a Beverly Hills, sabias?

E sabias que o que está dentro das mulheres no tempo de gravidez não é propriamente um "grão de areia", que já tem inúmeras características de uma pessoa plenamente formada? Que aos quatro meses já há orgãos vitais perfeitamente definidos, coração incluído? Pois é, estamos sempre a aprender. Ou também há grãos de areia com coração?

E já agora, a Igreja Católica tem o direito a dar as suas opiniões, a exortar os seus princípios, como qualquer outra instituição (mesmo que não tenham "milhões de anos", como tu afirmaste). Talvez te faça confusão, a ti e a tanta gente que por aí opina sem pensar antes, mas há quem tenha um núcleo de princípios universais, aqueles que não se esboroam com as modas e os ventos, e que os pretende conservar. Quem não quiser não tem de os seguir. Quem neles acredita pode perfeitamente pregá-los, sem ser obrigado a pedir desculpa. Uma sociedade tolerante é isso mesmo, não é as instituições terem de baixar o olhar e calar-se se outros acham que as suas ideias não são tão seguidas "hoje em dia".

Pois é, Gisele. Desde o outro dia, em que recusaste ir jantar comigo porque estavas com medo de "perder a linha" e "ganhar calorias" (e no sítio em questão não havia comida macrobiótica), que desconfiei que não eras uma inteligência a toda a prova. Mas estas declaraçõezinhas estouvadas foram a prova dos nove.

Ah, bela gaúcha, o que te safa é a tua imagem e a tua vocação para desfilar. Caso contrário, terias arranjado lugar no vasto circuito de aspirar alcatifas, ou talvez até como profissional de "Manifs".

2 comentários:

Anônimo disse...

"Gisele atira-se à Igreja Católica"

Liberdade e tolerância é a receita para a Gisele, com uma vantagem adicional... não engorda.

Cada "modelo" é livre de ter o seu "modelo".

Vivemos ou não numa sociedade em que há liberdade de proposta de modelos?
Devemos ou não tolerar (respeitar) os vários "modelos" propostos?

Será que a Igreja Católica não goza dessa liberdade de proposta?

Todos somos livres de aderir aos "modelos" propostos.

JMM

Anônimo disse...

Sobre a triste "teoria do graozinho" de 4 meses ... voltamos à selva em que nem a liberdade de viver assiste a todos.

Quanto ao desenvolvimento intra-uterino não vale a pena .. é dar pérolas a porcos (sem ofença, só quis aproveitar a expressividade do dito popular).

Insisto na receita: tolerância e respeito pela liberdade.