quarta-feira, março 28, 2007

Acabou o concurso

Acabou o concurso
A vitória de Salazar pode ter deixado eufóricos alguns nacionalistas e reaças, furiosos os comunistas, jacobinos e bloquistas, preocupados ou indiferentes a maioria dos democratas. A maneira como a RTP começou por ignorar a personagem terá sido um das razões que resultaram neste desfecho. Obviamente que preferia que outro fosse o escolhido. Mas também sei que o ditador do Vimieiro está enterrado na sua terra e de lá não se levanta (assim como Cunhal não renasce das cinzas). E que se fosse vivo e tivesse menos quarenta anos, se mantivesse as mesmas ideias, teria uma votação irrisória. E ainda que na tão liberal Holanda ganhou Pim Fortuyn, líder daquele estranho partido xeno-gay, cuja herança é hoje em dia, cinco anos após a sua morte, disputada por três grupúsculos irrelevantes.

Pouco importa. Para mim, e para tantos outros, o Maior Português será sempre aquele que melhor cantou a nossa História e cujo dia comemorativo se confunde com o Dia de Portugal.

segunda-feira, março 26, 2007

Parabéns III


À Selecção nacional de rugby, pois claro, que isto não é só futebol. Ultrapassaram os rapazes da República Oriental e vão estar presentes no Mundial de França, em Setembro. Sendo a única amadora a participar, o feito não é de menosprezar. Mesmo que os maoris, com quem se vão cruzar, lhes infligam uma derrota à antiga, a mera qualificação é para ficar na história. Um grande abraço aos nossos "lobos", em especial ao meu amigo Marcello d ´Orey, com quem acabei o curso, ilustre causídico no Porto e a mais sólida peça da equipa.

Parabéns II




D. Manuel Clemente é enfim, desde ontem, Bispo do Porto. A diocese, a maior do país, e uma das mais antigas, extremamente diversificada entre uma densa zona urbana e uma vasta área mais rural, algo amodorrada nos últimos anos, fica certamente a ganhar com esta entronização. Até Marcelo Rebelo de Sousa exprimiu uma certa invejazinha, quando disse que "faria mais falta como futuro Arcebispo de Lisboa". É tarde, Professor. D. Manuel, um dos mais cultos e inteligentes membros do clero português, está agora à frente da diocese do Porto e cumprirá seguramente a sua missão com nota positiva.

domingo, março 25, 2007

Parabéns






Só achei irónico o cartaz a anunciar "Cinquenta anos de Roma a Berlim". É que me lembrou logo o Eixo, outra ideia de federar a Europa de forma um pouco mais brusca...e não muito baseada na vontade dos estados.

Mas quanto ao futuro desta bela ideia surgida no pós-guerra, teremos de falar mais seriamente.
Quatro secos
Quem viu a Bélgica ontem não imaginará decerto que já foram de um nível parecido com o que a Selecção Nacional tem hoje, como Scolari recordou. Scifo, Ceulemans, Wilmots levaram a equipa daquela planície dividida entre valões e flamengos a lugares muito interessantes nas várias competições internacionais em que entraram, e o mesmo se aplicou aos respectivos clubes (para infelicidade do Benfica, em 1983). Quanto a guarda-redes, refiram-se Pfaff e o grande Preud ´Homme e ficamos conversados.
Ontem, no entanto, tirando o gigante Van Buyten, vimos uma equipa sem grande nível técnico a levar um baile da rapaziada lusa. Fintas, trivelas, bombas, houve de tudo para golear os pobres belgas, que se contentaram com quatro secos, devendo tão lisongeiro resultado ao seu palrador e inconveniente guarda-redes. Não há dúvida, a Selecção reencontrou-se com as boas exibições, e isso deve-se ao estado do actual futebol belga. Para mais, Quaresma marcou o seu primeiro golo (e que golo!); o próximo a estrear-se em redes adversárias éTiago.

sábado, março 24, 2007

O pensamento de um ateu convicto



Para quem acha que o fanatismo advém apenas das religiões, veja-se o que diz um comentador, que assina "Armando Quintas", na caixa de comentários de um post sobre o creaccionismo no blog De Rerum Natura:

"fanaticos sao os que vivem em funçao da religiao e todas as pessoas religiosas deste mundo são fanaticos por natureza, em maior ou menor grau..É obrigação das pessoas mentalmente sãs combater a religiao seja ela qual for e ajudar a destruir-las!"

Ao ler estas breves linhas é impossível deixar de se sentir um arrepio. O que ali está escrito é precisamente a representação de um dos maiores fanatismos que a humanidade já conheceu: o fanatismo ateu e materialista, cujo objectivo é "libertar os homens do obscurantismo religioso". Já houve inúmeras tentativas nesse sentido, desde o Culto da Razão Pura, até aos regimes nazis, soviéticos e maoístas, responsáveis pelos maiores massacres da história da Humanidade, pelo totalitarismo e pela eugenia, e em que a Albânia, o estado que se proclamou oficialmente ateu, derivou para um atraso e um isolamento sem paralelo. Centenas de milhões de mortos, como nunca houve em todos os séculos anteriores e,is no que deu a "sanidade" ateia: numa fila de horrores que alguns insistem em perpetuar, em nome da sua própria "razão". Como se a razão não fosse complementar à Fé.
A Fé despojada de Razão cai no fanatismo e na prepotência, como é tão visível no terrorismo islâmico de hoje. Mas a Razão Pura, que se proclama inimiga das religiões, conduz às piores acções que a mente humana já imaginou. No seu absolutismo, pretende eliminar a Fé e os crentes, substituindo-os por um vazio sem valores nem verdades, onde qualquer acto, por mais bárbaro que seja, será sempre "racionalmente" justificado.

terça-feira, março 20, 2007

A moderna direita portuguesa, ou o carácter original do PSD


Toda esta discussão sobre a "verdadeira oposição" e a criação de um partido "mesmo de direita" em Portugal já tem uns bons anos, e no entanto nada se chegou a fazer em sentido contrário.
As oposições andam sempre às aranhas quando um governo tem uma maioria confortável e ainda não começou a apodrecer, como aconteceu com Cavaco e Guterres, e acontece agora com Sócrates. Há que resistir, inovar e esperar pelos efeitos do tempo, nada mais.

Já a criação da tal força de direita é um assunto sempre discutido mas ao qual nunca se chega a uma ideia conclusiva. Os dois partidos maiores considerados, PSD e CDS, continuam lá, mesmo que o segundo tenha um futuro incerto, e mais do que as ideias e os projectos, abundam os carreirismos e as punhaladas. Aliás, só o movimento do Caldas é que se pode considerar realmente de direita; o partido laranja reúne sociais-democratas, liberais, nacional-populistas, democratas-cristãos, conservadores, regionalistas, e tudo o que possa aparecer à direita (ou em alternativa ) ao PS e que o CDS não tenha capacidade de satisfazer.

O PSD é mesmo um partido único, e isso vê-se logo pelo nome que ostenta e pelos grupos políticos a que pertenceu e pertence no Parlamento Europeu. Os mais parecidos que encontro - não por acaso também em países latinos - será a UDF francesa, sempre um aliado por necessidade dos gaullistas e um contrapeso na política francesa, como se vê pela ascensão de François Bayrou nas sondagens para as presidenciais, e a antiga UCD espanhola.


Há aliás outros pontos de convergência entre os dois partidos ibéricos. A UCD era um partido formado na transicion da Espanha para a democracia pelo primeiro-ministro de então, Adolfo Suarez, que agrupava centristas, sociais-democratas, democratas-cristãos, liberais ou simplesmente tecnocratas vindos do franquismo. Ganhou as eleições gerais de 1977 e 1979, mas as enormes divergências internas, apenas cimentadas pela necessidade de dar à Espanha uma nova constituição, levaram a que Suarez saísse formando o novo CDS; outras formações integraram a Alianza Popular de Fraga Iribarne, mais à direita, posteriormente transformada em Partido Popular. A UCD teve menos de 7% dos votos em 1982, quando Felipe González chegou ao poder, e acabou por se extinguir.

O problema do PSD é que, longe de mudar, conseguiu o poder, em coligação ou sozinho, por mais de uma década. Os anos dourados do cavaquismo deixaram-no acomodado ao poder estatal. Quando caiu dele abaixo, ficou à deriva, viu os seus líderes mudarem consoante a brisa, e só voltou ao poder com a saída de Gueterres, e mesmo assim em coligação com o CDS-PP.

O PSD é um equívoco em si mesmo. Já deveria ter mudado há muito, abandonado as suas cores e as suas setas, renunciado à social-democracia em favor do PS. Ou acabado, pura e simplesmente, como a UCD. Certa vez li numa opinião de um jornal que se isso acontecesse, a ala esquerda seria engolida pelo PS e a direita engoliria o CDS. Melhor seria que a ala que se diz de centro-esquerda fosse para o PS, os conservadores e democratas-cristãos se fundissem no CDS, permitindo a criação de um partido renovado nesse sector, e os liberais se juntassem noutro movimento, que poderia ser a Nova Democracia, sem Monteiro à cabeça, bem entendido.
O futuro dirá se acontece isso ou se surge o tal "grande partido de direita", à imagem do PP espanhol. Ou se fica tudo na mesma, e o PSD volta um dia ao poder, com ou sem o CDS (PP), quando Sócrates tiver enfim esgotado a sua agenda de "reformas".
(Já agora, aconselho estes dois posts do Combustões. Não tenho a suposta admiração pelas persongens enunciadas no segundo texto, mas parece-me que não anda longe do que teclei aí em cima).

sexta-feira, março 16, 2007

Hugh Laurie através dos tempos

Actualmente, o actor Hugh Laurie tem alcançado enorme sucesso como protagonista da série Dr. House.


Mas para os mais esquecidos, Laurie tornou-se conhecido antes de mais pelos seus papeis nas séries de humor britânicas, como o celebérrimo Black Adder, que nos deu igualmente a conhecer o seu criador, Rowan Atkinson, e Miranda Richardson. Laurie fazia o papel de Príncipe Regente na 3ª série, passada no Séc. XVIII, e do presunçoso e cretino Tenente George St. Barleigh, na 4ª Série, nas trincheiras da Grande Guerra.












Ainda se lembram dele, em tão diferentes registos?

quinta-feira, março 15, 2007

Brava Dança dos Heróis

 

Saúde-se o voluntarismo do filme Brava Dança, documentário sobre a carreira dos Heróis do Mar. Não por ser uma obra-prima, ter uma fotografia fabulosa ou um ritmo de narrativa esplendoroso. Mas o simples facto de ser um dos primeiras fitas do gênero produzidas em Portugal (a par de Lisboetas ou Diários da Bósnia) já é de si uma notícia a registar. Além do mais, debruça-se sobre uma época particularmente rica no panorama musical português: o boom do Rock nacional, a recuperação da cantiga popular, o renascer do interesse pelo Fado, com as baladas e as canções de intervenção a deixarem de ser gênero único, sem se eclipsarem. É interessante ver as origens do grupo, o quase experimentalismo punk dos efémeros Faíscas (um sub-punk absolutamente inenarrável e incompreensível) e Corpo Diplomático e as suas guitarras distorcidas, com o ubíquo Ayres de Magalhães; a vontade de fazer um grupo que tocasse música portuguesa; as cinco personalidades distintas dos seus membros, a começar pelas influências musicais; o espírito de provocação e rebeldia que caracterizou a banda e lhe trouxe alguns dissabores no início.

A pose e a estética marcial e nacionalista criaram reacções chocadas que se verificaram obstáculos difíceis de ultrapassar, mas deram aos Heróis a fama que eles desejavam, embora de uma forma que sem dúvida não esperariam. Os fatos de navegadores, as armas, as letras (ainda assim amaciadas) de carácter guerreiro e nacionalista, a Cruz de Cristo, tudo isso criou-lhes o anátema original de "fascistas" a "reaccionários", só ultrapassado com sucessos comerciais como Amor ou Paixão. Seguiu-se o habitual disco mal-recebido-pelo-público, Mãe, mais alguns êxitos pop e a renovação de energias, com Macau. Já na fase final, mais desinspirada e com claro ar de "vamos é acabar com isto", ainda editaram um disco homónimo, antes de se separarem definitivamente. O vocalista Rui Pregal da Cunha e Pedro Paulo Gonçalves constituíram os LX-90, com um estilo mais rocker, antes de se dedicarem a outros projectos fora da música; enquanto Pedro Ayres de Magalhães já tinha os seus Madredeus (para os quais recuperou depois Carlos Maria Trindade), cuja história e posterior sucesso internacional são sobejamente conhecidos.

O documentário abrange todos esses momentos, ouve inúmeros testemunhos da época e mostra imagens de videoclips, concertos digressões. Fica-se com uma ideia da movida lisboeta dos anos 80 (em que ninguém dormia, segundo Pregal da Cunha), da vida na "estrada", das dificuldades económicas para manter uma banda assim e das influências musicais absorvidas ao longo dos anos. Um filme que apesar de algumas deficiências e lacunas, vale o preço do bilhete, e que é uma justa homenagem a tão marcante banda e a tão agitada década.

PS: era bom que a Blitz não cometesse erros de palmatória como este. Primeira colectânea dos Heróis do Mar em 2007? Houve pelo menos outras duas, uma em dois discos, ainda nos anos 80, e outra, intitulada Paixão, em 2001, que é a que eu tenho. Enorme falta de atenção à discografia básica por parte de uma revista muito "profissionalizada" mas demasiado descaracterizada, e que comete erros básicos deste tipo.

domingo, março 11, 2007

Metros


Para quem se interessa por metropolitanos, mais subterrâneos ou superficiais, ou deseja encontrar imagens dos comboios urabnos que existem em quase todas as grandes cidades, este sítio é um achado. Basta saber usar um mapa. E ainda tem links para buscas mais aprofundadas. Sobre este assunto não conheço nada melhor. Não sei se há grandes indefectíveis dos metros, mas se os houver, têm aqui material de sobra.
"Moderação"

A nova Lei que despenaliza/liberaliza o aborto foi aprovada na especialidade. Como se previa, não haverá aconselhamento obrigatório. as mulheres poderão abortar sem qualquer tentativa de disuasão, o que torna o estado neutro em relação ao aborto até às dez semanas. Parece que é uma "lei moderada".

A nova lei do tabaco promete criar ainda mais restrições aos fumadores. Agora será proibido fumar em bares restaurantes e discotecas com menos de cem metros quadrados. O presidente de uma tal ConfederaçãoPortuguesa de Prevenção ao Tabagismo (prevenção e não proibição, estranhamente) considerou a proposta "equilibrada" e que "chegou a recear que a legislação deixasse ao critério dos proprietários dos restaurantes, bares e discotecas a decisão de proibir o fumo". Será que também conhece o significado da palavra proprietário?

São dois belos exemplos de normas "moderadas"e equilibradas" Nem quero imaginar se não fossem.
Cartas de Iwo Jima, The Good German, e Brava Dança dos Herois são três filmes que quero ver dê por onde der. Para isso, só tenho dez dias e pouca disponibilidade. Mas apesar disso, e da crítica ser mediana face ao segundo e desconfiada para com o terceiro, não não vou estar à espera do DVD. Há objectivos obrigatórios a que não se pode olhar a meios para os concretizar.

quinta-feira, março 08, 2007

8 De Março

Associando-me às comemorações do Dia Mundial da Mulher, que o Corta-Fitas publicita incessantemente, deixo também o meu quinhão contributivo. É modesto, mas é o que se pode arranjar.
É claro que para uma homenagem mais justa e completa, há que ir a lugares geridos por profissionais, onde Deus as cria.
Meio século de televisão

Parabéns à RTP. Cinquenta anos é uma bela idade, e, com mais ou menos percalços, sempre é uma instituição a que todos nos habituámos. As operadoras privadas tiraram-lhe o monopólio, mas pelo que se vê, a televisão estatal está actualmente uns furos acima no que toca à programação.

(Refira-se já agora que a televisão só iniciou as suas emissões na região de Lisboa. No Porto só uns meses depois é que a inauguraram. Se não me engano, tenho a gravação desses momentos iniciais, em que o meu avô paterno tomou parte)

terça-feira, março 06, 2007

Portas versão 5.0

O regresso de Paulo Portas à ribalta político-partidária, depois de dois anos precisos a picar o ponto na AR, escrever crónicas políticas no SOL mascaradas de críticas de cinema e emanar algumas opiniões na SIC- Notícias, é a coisa menos inesperada que vimos desde que Cavaco ganhou as presidenciais. A pacata"travessia do deserto", sem grandes ondas, começou com a derrota em Fevereiro de 2005, e todos pensaram que Portas iria dedicar-se a uma carreira mais internacionalizada, aproveitando o que granjeou com o seu antigo cargo governamental. Falou-se mesmo de um centro de estudos para ideologizar a nova direita portuguesa, com subsídios americanos. Tudo isso ficou no papel ou não passou de uma abstracção. A Atlântico encarregou-se de começar o combate das ideias (não, não estou a defender que seja uma revista "portista") e o antigo líder do CDS começou a preparar o seu regresso à cúpula partidária a partir da surpresa que constituiu a derrota do seu delfim Telmo Correia.
Nos últimos dois anos assistiu-se a direcção de Ribeiro e Castro mais voltada para a democracia cristã e para o CDS original, pouco hábil e com alguns passos desastrados, esvaziando a direita e deixando-a alienar-se por Sócrates. Mas o eurodeputado teve igualmente medidas importantes, como a revitalização das estruturas regionais e locais do partido, postas à parte pelas direcções anteriores. O seu trabalho foi torpedeado pelos "portistas" que constituíam a quase totalidade do grupo parlamentar, como se viu com o exemplo cabal de Nuno Melo, mesmo depois de Ribeiro e Castro ter ganho novo congresso. Este tipo de atitudes tem normalmente vários nomes, como deslealdade, conspiração, ou corrosão interna. Mas Portas já esteve envolvido em situações semelhantes, como os truques recíprocos com Manuel Monteiro. Agora, porém, o caso é mais descarado e já não tem o efeito surpresa de há alguns anos.

Paulo Portas é sem dúvida o mais hábil, inteligente e dinâmico líder que a direita portuguesa conheceu nos últimos vinte anos. E também o mais cínico e mefistofélico (Marcelo idem, mas não sei se lhe deva colar a palvara "direita"). Simplesmente, a onda de re-renovação que trouxe nos anos noventa já se dissipou em grande parte. A posse referência jovem-populista-estadista esgotou-se, pelo que aposta algora numa vertente mais liberal. Um pouco tarde, na minha visão. A aura de invencibilidade interna já não é a mesma; o regresso ao antigo cargo traz sempre anticorpos e expectativas desconfiadas, e agora, depois da guerrilha a Ribeiro e Castro, mais do que nunca. é certo que no CDS já houve um regresso triunfal, o de Freitas do Amaral em 1988, com a redução a "partido do táxi", mas não tinha na altura oposição alguma e as melhorias foram nulas. Agora as coisas são diferentes. Portas vai ter mais dificuldade do que julga ganhar a liderança do partido, e mais ainda a guindá-lo de novo a partido de poder, ou quando muito a guia da direita portuguesa. Muitas surpresas estão-lhe reservadas, e ele, atrás daquela postura calmamente messiânica, provavelmente sabe disso.

quinta-feira, março 01, 2007

Manuel Galrinho Bento
1948 - 2007