sexta-feira, maio 20, 2005

Guiné em óleo-Fula

Não é preciso ir à bruxa para adivinhar o que se vai seguir na Guiné-Bissau com a auto-proclamação de Kumba Ialá como "Legítimo" Presidente da república do país. Se pensarmos que o exército está dividido e exprime opiniões ambíguas, que há uma infinidade de candidatos à presidência e que um deles é Nino Vieira, além de haver um suposto Supremo Tribunal de Justiça cujas decisões são, no mínimo, aberrantes, nada mais há a esperar que uma nova guerra civil, com novos assassinatos inter pares e novas fugas em massa da população. A desgraça naquele PALOP parece não ter fim, apenas intervalos.
Argumentam alguns apoiantes do sr. Ialá que a sua destituição foi uma "usurpação do poder popular e da Democracia". É óbvio que os senhores ignoram que a primeira condição para a existÊncia de uma democracia é a separação de poderes, e não apenas o voto em urna. E que os verdadeiros usurpadores são aqueles que ignoram as fronteiras entre esses poderes e os tomam para si, à margem de toda a legitimidade e respeito pelas instituições democráticas.

Ialá pretende mudar a capital de bissau para Fula. Assistiremos ao nascimento da Guiné-Fula? Até hoje, só tinha conhecimento do óleo. É a concorrência...

Um comentário:

Anônimo disse...

fula é o nome de uma tribo da guine, e o nome do oleo fula vem mesmo da guine .....