quarta-feira, março 02, 2005

Óscares versão 77


Sim. Vi-os do princípio ao fim. Só me escapou o pequeno qui pro quo entre Sean Penn e Chris Rock. O mestre de cerimónias, entre guinchos e provocaçõezinhas, lá conseguiu guiar a sessão. Mas Billy Crystal faz sempre falta. E não é de esperar que ele regresse tão cedo. Não só por estar ocupado com 700 Sundays, na Broadway. Apenas porque já está cansado, e segundo o próprio, "I ´ve done that all my life". Isto ouvi eu da boca do próprio, num episódio a desenvolver nos próximos dias, quando falar da prometida viagem de há umas semanas atrás.
 
Gostei de ver o regresso dos velhos Jeremy Irons (também nas telas, com "O Mercador de Veneza" e "Being Julia") e Robin Williams. Adam Sandler irritou-me profundamente. As músicas não eram grande espingarda, com uma exaustiva Beyonce e um incrível Banderas + Santana, dignos de interpretar a música do "Menino-Guerreiro". Os Country Crows, que nem aprecio muito, safaram-se, talvez por serem os intérpretes originais.
 
Prémios: os secundários Morgan Freeman e Cate "A Musa" Blanchett deram-me as maiores alegrias. Jamie Fox julgo que também não desmerecerá - os outros, à excepção talvez de Eastwood, terão as suas oportunidades. Já Swank, apesar de merecido, repete-se, ainda que com uma carreira curta e intermitente; precisará sempre de papeis másculos? Gostava mais que Annette Benning tivesse sido a contemplada; a decepção era visível nos olhos da mulher de Warren Beaty. Para próxima têm a obrigação de ser justos com ela. Como não o foram com Scorsese muitas vezes, embora desta vez Clint merecesse mais o prémio. Está visto que os óscares não querem nada com Marty, embora o futuro o possa desmentir. Já os óscares de Melhor Argumento Adaptado, para Sideways (tenho bastante curiosidade em vê-lo, confesso), e o de Argumento Original, para Charlie Kauffman (não haja dúvidas que é original) ficaram, parece-me, bem entregues.
 
Mais bonitas: Natalie Portman; Annette Benning; Emmy Rossum; Penélope Cruz (apesar do penteado); Kate Winslet. Já Gwyneth Paltrow, Hale Berry (aqueles compridíssimos cabelos não caiem bem nem a uma nem a outra) e Hillary Swank podiam estar melhor. Não dei pela presença de Julianne Moore, Catherine Zeta-Jones, Liv Tyler ou Angelina Jolie. Nem da grande Maryl Streep. Mas pronto, veio Giselle Bundchen a acompanhar Di Caprio. Como compensação não pode haver melhor. Mas continuo na minha (e este senhor é da mesma opinião) : derramando o seu natural encanto, qual digna sucessora da verdadeira Hepburn (com a já referida Streep pelo meio), Cate, a Musa, mantém uma aura especial que a põe acima de qualquer outra. O amarelo-limão que envergava acentuava ainda mais o seu brilho. Lá onde estiver, no panteão reservado aos imortais, quem sabe se junto às verdadeiras estrelas, Khatarine sabe que a sua memória e o seu mito ficaram em boas mãos. Como aqui ficou expresso uns minutos antes do início da cerimónia, não há imagem da sessão deste ano que me pudesse deixar mais satisfeito.



PS: sim, houve aqui umas alterações de última hora, em especial no que toca às imagens, mas creio que a "economia de posts" valeu a pena.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu, que não sou entendido na matéria (nem lá perto), tenho em casa há umas semanas O AVIADOR em dvd, e sempre achei estranho que toda a gente desse por certos os oscares para esta película.
Confirmou-se.