segunda-feira, abril 05, 2004

Lamentavelmente, esqueci-me de referir nos últimos posts a morte do genial Peter Ustinov. Sempre que o via em mais um filme, ou em alguma acção pela UNICEF, uma das coisas que mais me ocorria era que o ex-Nero, Poirot, assaltante de jóias ("uma profissão" que me atrairia no plano concreto se tivesse alma de larápio e alguma coragem romanesca), etc, ainda durasse um bom par de anos. Ficou até onde o tempo lhe permitiu. Numa pacata casa junto a um lago suíço. Paz à sua alma. E eterna audiência aos seus filmes.

Para que tais esquecimentos não se repitam desde já, aproveito a adenda da Janela Para o Rio, que se lembrou dos aniversários dos desaparecimentos de Kurt Cobain e Martin Luther King.
Do primeiro apenas penso: dez anos? Já? Então já se passou uma década desde que, à porta dos Convívios, envergando a minha camisa aos quadrados desfraldada (um tipo de vestuário tipicamente "Anos 90", que ainda uso), ouvi de outros teenagers cabisbaixos a notícia do tiro de carabina que iniciou a queda do Grunge? Deus meu! Se não me engano, daqui a dias comemorar-se-á igualmente o adeus de Senna. Lembram-se? Já lá vão dez anos. E já então Schumacker se afirmava nos circuitos, ao mesmo tempo que se protestava contra as provas globais, ganhando-se assim o epíteto de "Geração Rasca".
Quanto a Luther King, só tenho a dizer que outros activistas como ele fazem uma falta danada a este mundo feroz e amedrontado no qual vivemos. Não haverá uns quantos? É que Mandela já tem certa idade, e Xanana merece algum sossego.

Ontem foram mortos uns quantos elementos terroristas em Leganés, arredores de Madrid. Se fiquei preocupado quando morreu o sheik Yassin, por razões proporcionais pensei agora : "menos cinco fanáticos". É que desta vez até foram os próprios a imolar-se. Pena que não haja mais a matar-se tranquilamente, sem aborrecer o próximo. E mais pena ainda a morte do pobre polícia espanhol, de 41 anos e pai de filhos, em consequência da explosão. Esses sim, são verdadeiros mártires da preservação da nossa liberdade e segurança.


O Porto perdeu, Aleluias sejam dadas (sobretudo em tempo pascal)! Embora isso em nada altere o inexorável caminho rumo a revalidação do título, esta é mais uma época em os recordes detidos pelo SLB não vão ser alcançados - 52 jogos sem perder e uma época inteira sem derrotas. É por coisas assim que alguns clubes serão sempre gloriosos, diga-se o que se disser. Ou melhor, determinado clube é sempre O Glorioso.


Recebi alguns mails, presumivelmente de outros bloggers, que por razões que desconheço não consegui abrir. Por isso peço encarecidamente que, se possível, não me enviem ficheiros agarrados; escrevam directamente as vossas mensagens. Eu sei que custa, mas é a única hipótese. Por isso, as minhas desculpas por esse incómodo.

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